Boneca de pano
José Augusto Nunes
A boneca de pano
Já foi brinquedo de valor
Era remendada todo ano
Por vovó e por vovô!
Brinquedo de criança carente
Mais de muita tradição
Abrangia muita gente
Que não tinha condição
As crianças com ela brincava
Sem maldade sem malícia
Botava no colo e dançava
Dando-lhe muita carícia
Faziam roupinhas de chita
Azul, verde e amarela
Faziam coisas bonitas
Todas voltadas pra ela
Brincava de dar comida na boca
Como se fosse bebê de verdade
Fazia comida era uma coisa louca
De todo tipo e variedade
Tinha a boneca chiquinha
Gordinha parecendo um balão
Toda manhã ela vinha
Lanchar biscoito e bolachão
Hora, a boneca nada comia
Era pura imaginação
Nos braços inocentes ela dormia
De barriga cheia e com emoção!
Hoje tudo é diferente,
Boneca de pano não existem mais
As crianças pensam diferente
Só querem Tecnologia e nada mais
Buscam no computador
Um bate-papo virtual
Passam o dia no navegador
Fugindo do belo, do natural
A criança cresceu muito rápido
No mundo da computação
Isso pode ser muito trágico
Pra sua mente e seu coração
Não podemos parar a ciência
Porque ela tem que evoluir
Basta ter coerência
E cuidado para não cair
Esse é o nosso querido aluno da Oficina da pais e avós, José Augusto Nunes.
Cheio de arte e brilhantismo brinca com as palavras e nos enche de emoção!
Autor dessa e muitas outras poesias, pensamentos e poemas, nos revelando seu talento e observações da vida e suas percepções!
PARABÉNS AO GRANDE AUTOR!!!
ResponderExcluirLINDA POESIA! VALEUUUUUUUU!